sábado, 4 de fevereiro de 2012

ESTRÁGIA MISSIONÁRIA COM BASE EM WESLEY




SEMINÁRIO TEOLÓGICO DA MISSÃO JUVEP


GILDELANIO DA SILVA



TRABALHO DE ESTRÁGIA MISSIONÁRIA
COM BASE EM WESLEY

 

JOÃO PESSOA - PB
2010



TRABALHO DE ESTRÁGIA MISSIONÁRIA COM BASE EM WESLEY


  • INTRODUÇÃO

JOHN WESLEY (1703 – 1791) -  Em 28 de junho de 1703 nascia em Lincolnshire, na Inglaterra, o fundador da Igreja Metodista Wesleyana; John Wesley, cuja esposa chamava-se Susanna, era o 12º dos dezenove filhos do reverendo Samuel Wesley, um pároco de Epworth. Foi pastor anglicano e professor da universidade de Oxford.

John Wesley tornou-se o mais famoso dos pregadores por falar e escrever com rara eloqüência. No entanto, Charles Wesley (1707-1788), seu irmão mais novo, não apenas deu suporte àquele ministério, apoiando e criticando John quando necessário, como também fez das partituras seu principal púlpito.

Quando completava seis anos, John Wesley quase perdeu a vida num incêndio à noite, provocado por um grupo de malfeitores. O fogo se alastrava no teto de palha da paróquia onde eles moravam, começando a estilhaçar brasas sobre as camas. Subitamente, Hetty Wesley, um dos irmãos menores, acordou assustado e correu até o quarto de sua mãe. E logo todo mundo estava em pé, tentando conter o domínio das chamas, enquanto a pequena criada, agarrando o bebê Charles nos braços, chamava as crianças para um lugar mais seguro. A essa altura, Twice Susanna Wesley forçava a porta contra as costas, numa tentativa desenfreada de proteger-se. 
A família finalmente conseguiu sair de casa e, apavorada, reuniu-se no jardim, pois descobrira que o pequeno Jeckie havia ficado lá dentro dormindo. Voltaram correndo, mas era tarde: a escada estava em cinzas e tornava impossível resgatá-lo. O rapaz chegou até aparecer na janela, porém não podiam segurá-lo, visto que a casa ficava no segundo piso. Todavia, um pequeno homem pulou sobre os largos ombros do pai de Wesley e, num esforço desmedido, conseguiu salvar a criança. Anos depois, em certa publicação, apareceu o retrato de João Wesley e embaixo a representação de uma casa ar­dendo, com as palavras: "Não é este um tição tirado do fo­go?" (Zc. 3.2).
A família do pastor Samuel Wesley vivia rodeada de pobreza, mas pela influência do Duque de Buckinghan, conseguiram um lugar para João na Charterhouse, em Londres. Assim, o menino, antes de completar onze anos, deixou a atmosfera fragrante de oração ardente, para en­frentar as porfias de uma escola pública. Contudo, não ce­deu ao ambiente de pecado de que estava rodeado. Conser­vava, também, as suas forças físicas, obedecendo fielmen­te o conselho de seu pai, que corresse três vezes, de madru­gada, em redor do grande jardim da Charterhouse. Tomou como regra da sua vida, dali em diante, manter o vigor do corpo. Aos 80 anos, apesar de seu físico franzino, conside­rava coisa insignificante andar de pé uma légua e meia, para pregar.
Conta-se um exemplo da influência que João exercia sobre seus colegas de Charterhouse. Certo dia o porteiro sentiu falta dos meninos no terraço de recreio e foi achá-los em uma das salas, congregados em redor de João. Este contava-lhes histórias instrutivas, as quais atraíam mais do que o recreio. Acerca deste tempo, João Wesley escreveu:

"Eu parti­cipava de várias coisas que reconhecia como sendo pecado, embora não fossem escandalosas aos olhos do mundo. Con­tudo, continuei a ler as Escrituras e a orar de manhã e à noite. Baseava a minha salvação sobre os seguintes pontos:1) Não me considerava tão perverso como o próximo. 2) Conservava a inclinação de ser religioso. 3) Lia a Bíblia, assistia aos cultos e fazia oração".
  • O INÍCIO DE TUDO – (FORMAÇÃO E ORDENAÇÃO) – 1726-1736
Conseqüentemente, uma profunda ternura passou a residir no coração de Jackie que, mesmo depois de homem, considerava que havia escapado aquela noite porque Deus tinha um propósito muito especial em sua vida. Várias vezes ele chegou a comemorar este dia em seu diário secreto que escreveu: "Arrancado das Chamas".
Seis anos depois, em Charter House School, Jeckie matriculou-se na Universidade em Oxford, tornando-se um estudante da igreja de Cristo. Quatro anos mais tarde graduou-se em bacharel de artes e em 1726 foi eleito acadêmico do Colégio Lincoln.
Enquanto John Wesley era ordenado ao ministério e ajudava o pai em casa, Charles (1707-1788), o irmão mais novo (que compôs mais de seis mil hinos, não só acompanhou seu irmão John Wesley nas cruzadas, como também é considerado o maior compositor do reavivamento Wesleyano), organizava em Oxford um pequeno grupo de estudantes para orações regulares, estudos bíblicos e outros serviços cristãos. O Clube Santo, como era chamado, incluía vários integrantes, que, mais tarde, tornaram-se pioneiros de um avivamento, ocorrido no século XVIII, destacando-se, entre outros, George Whitfield.
            Obedecendo ao Senhor, John Wesley viajou para colônia em Georgia, como capelão, em 1736. Charles nesta época, era secretário do governador e o piedoso trabalho em Georgia, embora com muitas lutas, teve sucesso mais tarde. O reverendo George Whitfield, depois de visitar a sede do movimento, escreveu:
"O eficiente trabalho de John Wesley na América é impressionante. Seu nome é muito precioso entre o povo, pois tem edificado as fundações que, espero, nem homens nem demônios a abalem".
            Em contato com German Moravian Christians na América, Wesley questionava sobre as verdades cristãs. Sabia muito bem que o êxito de seus trabalhos estava nas mãos de Deus e, por isso, começou a buscá-lo em oração. Não demorou muito tempo e, em 24 de maio de 1738, acabou encontrando a resposta quando, de volta para a Inglaterra, resolveu registrar tudo quanto acontecera naquele dia:
"À tarde, visitando a sociedade em Aldersgate Street, li o ‘Prefácio da epístola aos Romanos’ na versão de Lutero, cujas palavras tocaram-me profundamente. Senti meu coração bater fortemente. E, desde aquele momento, aprendi a confiar em Cristo como meu Salvador. Estou seguro de que os meus pecados estão perdoados. Me salvei da lei do pecado e da morte".
Esta experiência mudou o rumo da vida de Wesley que, a partir daquele momento, passou a ser uma nova criatura, sendo consagrado o maior missionário da Inglaterra. João se esforçava para levantar-se todos os dias às qua­tro horas. Por meio de anotações que escrevia diariamente de tudo que fazia durante o dia, conseguia dar conta de seu tempo para não desperdiçar um momento. Continuou a observar esse costume até quase o último dia da sua vida.
Certo dia, quando ainda jovem, assistiu a um enterro em companhia de um moço, e conseguiu levá-lo a Cristo, ganhando, assim, a primeira alma para seu Salvador. Al­guns meses depois, com a idade de 24 anos, e depois de um período de oração, foi separado para o diaconato.
  • O INÍCIO DO TRABALHO - BRISTOL
John Wesley começou o trabalho de pregação ao ar livre quando viajava para Bristol a fim de ajudar George Whitfield, que na época era conhecido como o mais eloqüente pregador da Inglaterra. Wesley, a princípio, rejeitou a idéia, mas uma vez convencido da vontade de Deus, acabou se tornando mais famoso que Whitfield. Viajava 11 quilômetros por ano. Experimentou os mais cruéis sofrimentos e oposições em toda sua vida. Estava frequentemente em perigo.
O PRIMEIRO TEMPLO - Embora fosse sábio e proeminente, o itinerante evangelista era um homem simples e executou muitas obras sociais. As suas poderosas mensagens muito influenciaram a igreja que, no ano de 1739, adquiriu uma sede para o movimento protestante, que crescia vertigiosamente. Comprou uma casa de fundição em ruínas, na cidade de Moofield, e transformou-a num templo. O prédio passou por uma rigorosa reforma que custou, na época, 800 libras (quantia superior ao da compra que foi de 115 libras), mas valeu a pena. Depois de pronta, a capela passou a comportar cerca de mil e quinhentas pessoas.
Era o primeiro edifício metodista em Londres, onde a doutrina de Cristo era proclamada. Pessoas sedentas por ouvir a gloriosa mensagem do evangelho cruzavam todos os domingos a escuridão das estradas de Moorfield com lanternas, para ouvir os ensinamentos de Wesley. O prédio dispunha de sala de reuniões, com capacidade para 300 pessoas, sala de aula e biblioteca.

·         O PLANO ESTRATÉGICO DO MISSIONÁRIO WEESLEY
Mais tarde, John Wesley instalou a sua própria casa na parte superior da capela, onde passou a morar com a sua família.
Em 1746, abriu um centro de atendimento médico e escola gratuitos, com capacidade para 60 estudantes, contratou farmacêutico, cirurgião e dois professores.
Em 1748, alugou uma casa conjugada para refugiar viúvas e crianças.
Muitos foram os patrimônios conseguidos pela igreja durante os 40 anos do movimento metodista em Moorfield, organizada por John Wesley. Entretanto, devido a expiração do contrato imobiliário, a sede teve de mudar-se para outro lugar. Próximo dali, em City House, encontrava-se um vasto campo onde jaziam os túmulos de Bunhill Field e o de sua esposa Sussana Wesley. Um lugar de pântanos, recentemente aterrado, onde foi construída a catedral de Saint Paul. Havia também no local algumas pedras de moinho, utilizadas para moer milho trazido do Thames, que era transformado em trigo.
A GLÁRIA DA SEGUNDA CASA – CITY HOUSE – (1777-1778) - John Wesley alugou quatro mil metros quadrados destas terras em 1777 para construir a nova capela. E, finalmente, em 21 de abril do mesmo ano, sob forte chuva, lançou a pedra fundamental, com a seguinte gravação: "Provavelmente, esta pedra não será vista por algum olho humano, mas permanecerá até que a terra e o trabalho sejam consumados". Naquele dia, Wesley improvisou um púlpito sobre a pedra e pregou em Números 23.23.             Em 1 de novembro de 1778, dezoito meses depois, no Dia de Todos os Santos, a capela estava próxima de ser aberta para a adoração pública. Apesar dos ventos das dificuldades (além de ter contraído muitas dívidas, os trabalhadores tiveram as ferramentas roubadas), Deus recompensou grandemente o esforço de Wesley, levantando voluntários dentre os membros. O rei George III, por exemplo, doou mastros de navios de guerra para o suporte das galerias.
A história conta que um certo dia Wesley ficou de um lado do templo e Taylor, um dos cooperadores do outro, com os chapéus nas mãos, e conseguiram arrecadar 7 libras; o suficiente para a conclusão das obras. Toda a galeria foi coberta com gesso e os bancos de madeira de carvalho, doadas pelas igrejas da América, Canadá, Sul da África, Austrália, Oeste da Índia e Irlanda. As janelas vitrificadas, as impressões no teto foram trabalhadas no estilo Adams (réplica antiga), e a casa de Wesley construída num pátio em frente à capela. Estas raridades, depois de reformadas em 1880, no centenário da morte de Wesley, memorizam as epopéias deste bravo soldado de Cristo.
            TEMPOS DE PERSEGUIÇÕES - Como todos que invadem o território de Satanás, os ir­mãos Carlos e João Wesley, tinham de sofrer terríveis per­seguições. Em Moorfield os inimigos do Evangelho acaba­ram com o culto, destruindo a mesa em que João subira para pregar e o insultaram e maltrataram. Em Sheffield, a casa foi demolida sobre a cabeça dos crentes. Em Wednesbury, destruíram as casas, roupas e móveis dos crentes, deixando-os desabrigados, expostos à neve e ao temporal. Diversas vezes João Wesley foi apedrejado e arrastado como morto, na rua. Certa vez foi espancado na boca, no rosto e na cabeça até ficar coberto de sangue.
            Mas a perseguição da parte da igreja decadente era a sua maior cruz. Foram denunciados como "falsos profe­tas", "paroleiros", "impostores arrogantes", "homens des­tros na astúcia espiritual", "fanáticos", etc. Ao voltar para visitar Epworth, onde nascera e se criara, João assistiu, no domingo, ao culto da manhã e ao culto da tarde, na igreja onde seu pai fora fiel pastor durante muitos anos, mas não lhe foi concedida a oportunidade de falar ao povo. Às de­zoito horas, João, em pé, sobre o monumento, que marcava o lugar em que enterraram seu pai, ao lado da igreja, pre­gou ao maior auditório jamais visto em Epworth - e Deus salvou muitas almas.
- Qual a causa de tão grande oposição? Entre os crentes da igreja dormente , alegava-se que eram as suas pregações sobre a justificação pela fé, e a santificação. Os descrentes não gostavam dele porque "levou o povo a se levantar para cantar hinos às cinco da madrugada."
João Wesley não somente pregava mais que os outros pregadores, mas os excedia como pastor, exortando e con­fortando os crentes, e visitando de casa em casa. (Um pastor prega, em média, cem vezes por ano, mas João Wesley pregou cerca de 780 Vezes por ano, durante 54 anos. Esse homenzinho, com a altura de apenas um metro e sessenta e seis centímetros e pesando menos de sessenta quilos, dirigia-se a grandes multidões e sob as maiores pro­vações. Quando as igrejas lhe fecharam as portas, levan­tou-se para pregar ao ar livre)
            Nas suas viagens, andava tanto a cavalo, como a pé, ora em dias ensolarados, ora sob chuvas, ora em temporais de neve. Durante os 54 anos do seu ministério, andou, em média, mais de 7 mil quilômetros por ano, para alcançar os pontos de pregação. Esse homenzinho que andava 7 mil quilômetros por ano, ainda tinha tempo para a vida literária. Leu não me­nos de 1.200 tomos, a maior parte enquanto andava a cava­lo. Escreveu uma gramática hebraica, outra de latim, e ainda outras de francês e inglês. Serviu durante muitos anos como redator dum jornal de 56 páginas. O dicionário completo que compilou da língua inglesa era muito popu­lar, e seu comentário sobre o Novo Testamento ainda tem grande circulação. Revisou e republicou uma biblioteca de cinqüenta volumes, reduzindo-a para trinta volumes. O li­vro que escreveu sobre a filosofia natural teve grande acei­tação entre o ministério. Compilou uma obra de quatro vo­lumes sobre a história da Igreja. Escreveu e publicou um livro sobre a história de Roma e outro sobre a da Inglater­ra. Preparou e publicou três volumes sobre medicina e seis sobre música para os cultos. Depois da sua experiência em Fetter Lane, ele e seu irmão Carlos, escreveram e publica­ram 54 hinários. Diz-se que ao todo escreveu mais que 230 livros.
            Esse homem de físico franzino, ao completar 88 anos, escreveu: "Durante mais de 86 anos não experimentei qualquer debilidade de velhice; os olhos nunca escurece­ram, nem perdi o meu vigor". Com a idade de 70 anos, pre­gou a um auditório de 30 mil pessoas, ao ar livre, e foi ouvi­do por todos. Aos 86 anos fez uma viagem à Irlanda, na qual, além de pregar seis vezes ao ar livre, pregou cem ve­zes em sessenta cidades. Certo ouvinte assim se referiu a Wesley: "Seu espírito era tão vivo como aos 53 anos, quan­do o encontrei pela primeira vez".
Como era característico em sua vida, a bordo do navio em viagem à América do Norte, observava, com outros de seu grupo, um programa para não desperdiçar um momen­to durante o dia; levantava-se às quatro horas e deitava-se depois das vinte e uma. As primeiras três horas do dia eram dedicadas à oração e estudo das Escrituras. Depois de cumprir tudo que estava indicado no programa do dia, o cansaço era tanto que, não obstante o bramido do mar e o balanço do navio, dormiam sem perturbação, deitados sobre um cobertor estendido no convés.
            Atribuiu a sua saúde às seguintes regras: 1) Ao exercí­cio constante e ar fresco. 2) Ao fato de nunca, mesmo doen­te ou com saúde, em terra ou no mar, haver perdido uma noite de sono desde o seu nascimento. 3) À habilidade de dormir, de dia ou de noite, ao sentir-se cansado. 4) Ao fato de observar a regra por mais que sessenta anos de se levan­tar às 4 horas da manhã. 5) Ao costume de sempre orar às 5 da manhã, durante mais que cinqüenta anos. 6) Ao fato de quase nunca sofrer de dor, desânimo ou cuidado durante a vida inteira.
            Certo crente que o conhecia intimamente, assim es­creveu acerca dele: "Considerava a oração a coisa mais im­portante da sua vida e eu o tenho visto sair do quarto com a serenidade de alma visível no rosto até quase brilhar". A qualquer história da vida de João Wesley faltará o ponto principal, se não se fizer menção dos cultos de vigília que se realizavam uma vez por mês entre os crentes. Esses cultos se iniciavam às 20 horas e continuavam até depois da meia-noite - ou até cair o Espírito Santo sobre eles. Ba­seavam tais cultos sobre as referências no Novo Testamen­to, de noites inteiras passadas em oração. Foi assim que al­guém se referiu ao sucesso: "Explica-se o poder de Wesley pelo fato de ele ser 'homo unius libri', isto é, um homem de um livro, e esse Livro é a Bíblia".
·         SUA MORTE – CITY ROAD – 02 DE MARÇO 1791.
Na História da Igreja, uma dupla de irmãos, John e Charles Wesley, não fez por menos. Escolhidos por Deus para a missão de pregar Sua Palavra como evangelistas, eles fundaram o metodismo no século 18. Aquela semente deu frutos – atualmente (2002) os metodistas formam uma comunidade de, aproximadamente, 80 milhões de pessoas em todo o mundo, embora a maior parcela concentre-se nos Estados Unidos.
Mesmo depois de velho quase cego e paralítico, John Wesley continuava pregando em City Road e Latherhead. E, quando percebeu que sua vida estava chegando ao fim sentou-se numa cama, bebeu um chá e cantou:
"Quando alegre eu deitar este corpo e minha vida for coroada de bênção, quão triunfante será o meu fim! Eu glorificarei a meu Criador enquanto tenho fôlego; E, quando a minha voz se perder na morte, empregarei minhas forças; em meus dias o glorificarei enquanto tiver fôlego até o fim de minha existência".
  Wesley foi enterrado no Jardim-túmulo, em frente à capela em City Road, sob as luzes das lanternas, na manhã de 2 de março de 1791, aos 88 anos de idade. Morreu com os olhos abertos e balbuciando a seguinte palavra: "Farwell" (adeus). Cerca de 10 mil pessoas acompanharam o funeral. E a lápide até hoje indica o significado histórico: "À memória do venerável John Wesley: o último companheiro do Lincoln College, Oxford..."
Dos quatro vultos que se destacaram no Grande Avivamento, João Wesley destacou-se em logividade. Jônatas Edwards, que nasceu no mesmo ano de Wesley, faleceu trinta e três anos antes dele; Jorge Whitefield, nascido onze anos de­pois de Wesley, faleceu vinte anos antes dele; e Carlos Wesley continuou o seu itinerário efetivo somente dezoito anos, enquanto John continuou durante meio século.
Acerca de Samuel e Susana Wesley e seus filhos, o cé­lebre comentador da Bíblia, Adão Clark, escreveu: "nunca li nem ouvi falar duma família; não conheço e nem existe outra, desde os dias de Abraão e Sara, de José e Maria de Nazaré, à qual a raça humana deve tanto."
·         PALAVRAS FINAIS
            O que pude colher da história de Wesley é que nossas estratégias são construídas ainda na infância. A família de Wesley teve grande influência em sua vida e o ajudou fundamentalmente em sua formação de caráter e ministerial.
Não vou chamar seu progresso de SEGREDOS DE SUCESSO. Afinal, ele simplesmente fez o que a Bíblia orienta a todos que abraçam o ministério da fé. (1 Tm. 4.12-16; Mt. 6.33). Uma vida inteira dedicada a oração e a meditação e pregação da Palavra de Deus; Cuidados pessoais com a saúde física; Cresceu academicamente e linguisticamente; construiu templos; instituições sociais, escolas e centros de treinamentos ministeriais. Seu Plano Estratégico foi o mesmo de Cristo, dos apóstolos, da igreja primitiva, da igreja reformada e deve ser também a da igreja contemporânea.
João Wesley nasceu e criou-se em um lar onde não ha­via abundância de pão. Com a venda dos livros da sua au­toria ganhou uma fortuna, com a qual contribuía para a causa de Cristo; ao falecer, deixou no mundo "duas colheres, uma chaleira de prata, um casaco velho" e dezenas de milhares de almas, salvas em épocas de grande decadência espiritual.
A tocha em Epworth foi arrebatada do fogo, em Aldersgate e Fetter Lane começou a arder intensamente, e conti­nua a iluminar milhões de almas no mundo inteiro com seus ensinos e exemplo de vida. Não basta servos estrategistas é preciso sermos tochas acesas.

·         LIVROS, REVISTAS E ARTIGOS CONSULTADOS
Ø  Revista Obreiro Aprovado (Fev/Mar 1996)
Ø  Marcelo Dutra (Revista Graça ano 03 nº 35)
Ø  Momentos Decisivos do Metodismo, Prof. Duncan Alexander Reily - Imprensa Metodista
Ø  História da Evangelização do Brasil. Elben M. Lenz Cézar. Editora Ultimato.
Ø  O Cristianismo Através dos Séculos. Earle E. Cairns. Vida Nova.
Ø  Os heróis da fé. Orlando Boyer. CPAD.

 
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