O Estado Intermediário dos
Mortos
Para onde as pessoas vão ao
morrerem? Esta é uma pergunta intrigante que todos fazem em algum momento da
vida. A Bíblia nos fala do juízo final, quando todos serão encaminhados para
seus lugares eternos: o céu ou o lago de fogo. E antes desse julgamento? Onde
estarão os mortos? Haverá um tipo de "sala de espera" do tribunal de
Cristo? Em busca de resposta a essa questões empreenderemos este estudo acerca
do Estado Intermediário dos Mortos.
A VIDA PSÍQUICA APÓS
A MORTE FÍSICA
O aspecto central no ensino neotestamentário
acerca do futuro do homem é a volta de Cristo e os eventos que acompanharão
essa volta: a ressurreição, o juízo final e a criação da nova Terra. Mas antes
de avançarmos para considerar esse assuntos, temos de dar alguma atenção ao que
normalmente é denominado de "o estado intermediário" - isto é, o
estado do morto entre a morte e a ressurreição.
Desde o tempo de Agostinho,
os teólogos cristão pensavam que, entre a morte e a ressurreição, as almas dos
homens desfrutavam do descanso ou sofriam enquanto esperavam ou pela
complementação de sua salvação, ou pela consumação de sua condenação. Na Idade
Média, esta posição continuou a ser ensinada, e foi desenvolvida a doutrina do
Purgatório. Os Reformadores rejeitaram a doutrina do Purgatório, mas continuaram
a defender um estado intermediário, embora Calvino, mais do que Lutero, tendia
mais a considerar esse estado como de uma existência consciente. Em sua obra
Psychopannychia, uma resposta aos Anabatistas de seu tempo, que ensinavam que
as almas simplesmente dormiam entre a morte e a ressurreição, Calvino ensinou
que, para os crentes, o estado intermediário é tanto de benção como de
expectação - por causa disso a benção é provisória e incompleta. Desde aquele
tempo, a doutrina do estado intermediário tem sido ensinada pelos teólogos da
Reforma, e se reflete nas Confissões da Reforma.
Entretanto, a doutrina do
estado intermediário tem sido recentemente sujeita a uma crítica severa.
G.C.Berkouwer retrata o ponto de vista de alguns destes críticos em seu recente
livro sobre escatologia. G.Van Der Leeuw (1890-1950), por exemplo, sustenta que
após a morte somente existe uma perspectiva escatológica para os crentes: a
ressurreição do corpo. Ele rejeita a idéia de que exista "algo" do
homem que continue após a morte e sobre o que Deus construiria uma nova
criatura. De acordo com as Escrituras, assim insiste ele, o homem morre
totalmente, com corpo e alma; quando o homem, mesmo assim, recebe uma nova vida
na ressurreição, isto é um feito maravilhoso de Deus, e não algo que jorre
naturalmente da existência atual do homem. Por causa disso, falar de
"continuidade" entre nossa vida atual e a vida da ressurreição leva
ao engano. Deus não cria nosso corpo ressurreto a partir de alguma coisa - por
exemplo, nosso espírito, ou nossa personalidade - mas ele cria uma nova vida do
nada, de nossa vida aniquilada e destruída.
Outro crítico moderno da
doutrina do estado intermediário é Paul Althaus, um teólogo luterano
(1888-1966). Esta doutrina, sustenta ele, deve ser rejeitada uma vez que
pressupõe a existência continuada e independente de uma alma incorpórea, e por
este motivo é mesclada com Platonismo. Althaus apresenta várias objeções à
doutrina do estado intermediário. Esta doutrina não faz jus à seriedade da
morte, uma vez que a alma parece passar incólume através da morte. Por
sustentar que, sem o corpo o homem pode ser totalmente abençoado e
completamente feliz, esta doutrina nega a importância do corpo. A doutrina tira
o significado da ressurreição; quanto mais aumentarmos as bênçãos do indivíduo
após a morte, mais diminuiremos a importância do último dia. Se, de acordo com
esta doutrina, os crentes após a morte já estão abençoados e o ímpio já está no
inferno, por que ainda é necessário o dia do juízo? A doutrina do estado
intermediário é completamente individualista; ela envolve mais um tipo privado
de bênção do que comunhão com os outros, e ignora a redenção do cosmos, a vinda
do Reino e a perfeição da igreja. Em suma, conclui Althaus, esta doutrina
separa o que deve estar junto: corpo e alma, o individual e o comunitário,
felicidade e a glória final, o destino de indivíduos e o destino do mundo.
Em resposta a estas
objeções, deve ser admitido que a Bíblia fala muito pouco acerca do estado
intermediário e que aquilo que ela diz acerca dele é contingente à sua mensagem
escatológica principal sobre o futuro do homem, que diz respeito à ressurreição
do corpo. Temos de concordar com Berkouwer que aquilo que o Novo Testamento nos
fala acerca do estado intermediário não passa de um sussurro. Temos também de
concordar que em lugar nenhum o Novo Testamento nos fornece uma descrição
antropológica ou exposição teórica do estado intermediário. Entretanto,
permanece o fato de que há evidência suficiente para nos capacitar a afirmar
que, na morte, o homem não é aniquilado e o crente não é separado de Cristo.
Veremos mais adiante qual é esta evidência.
Nesse ponto, devemos fazer
uma observação sobre a terminologia. Geralmente, é dito por cristão que a
"Alma" do homem continua a existir após o corpo ter morrido. Este
tipo de linguagem 'freqüentemente criticado como revelando um modo grego ou
platônico de pensar. Será que isso é necessariamente assim?
Deve ser admitido que
certamente é possível falar da "alma" de modo platônico. É bom lembrarmos
que existem divergências entre essa visão e a concepção cristã do homem.
Mas, o fato de que os gregos
usaram o termo alma de modo não bíblico não implica, necessariamente, que todo
uso da palavra alma, para indicar a existência continuada do homem após a
morte, seja errado. O próprio Novo Testamento utiliza ocasionalmente deste modo
a palavra grega para a alma, psyche. Arndt e Gingrich, em seu Greek-English
Lexicon of the New Testament, sugerem que psyche, no Novo Testamento, pode
significar vida, alma como o centro da vida interior do homem, alma como o
centro da vida que transcende a terra, aquela que possui vida, a criatura
vivente, alma como aquela que deixa o reino da terra e da morte e continua a
viver no Hades.
Existem,
pelo menos, três exemplos claros do Novo Testamento onde a palavra psyche é usada para designar aquele aspecto
do homem que continua a existir após a morte. O primeiro deles encontra-se em
Mt.10:28: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma
(psyche); temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma
como o corpo". O que Jesus diz é o seguinte: Existe algo seu que aqueles
que o matam não podem tocar. Este algo tem de ser um aspecto do homem que
continua a existir após a morte do corpo. Dois exemplos mais deste uso da
palavra são encontrados no livro do Apocalipse: "Quando ele abriu o quinto
sele, vi debaixo do altar as almas (psychas) daqueles que tinham sido mortos
por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam" (6:9):
"Vi ainda as almas (psychas) dos decapitados por causa do testemunho de
Jesus, bem como por causa da palavra de Deus" (20:4). Em nenhuma destas
duas passagens a palavra almas pode se referir a pessoas que ainda estejam
vivendo na terra. A referência é claramente a mártires assassinados: a palavra
almas é usada para descrever aquele aspecto desses mártires que ainda existe
após seus corpos terem sido cruelmente abatidos.
Concluímos, portanto, que
não é ilegítimo nem antibíblico usar a palavra alma para descrever o aspecto do
homem que continua a existir após a morte. Devemos acrescentar que, às vezes, o
Novo Testamento usa a palavra espírito (pneuma) para descrever esta aspecto do
homem: por exemplo, em Lucas 23:46, Atos 7:59 e Hebreus 12:23.
As escrituras ensinam
claramente que o homem é uma unidade e, que "corpo e alma" (Mt.10:28)
ou "corpo e espírito" (I Cor. 7:34 Tg.2:26) são inseparáveis. O homem
só é completo nesta espécie de unidade psicossomática. Porém, a morte faz
surgir uma separação temporária entre o corpo e a alma. Uma vez que o Novo
Testamento, ocasionalmente, realmente fala das "almas " ou dos
"espíritos" dos homens como ainda existindo durante o tempo entre a
morte e a ressurreição, nós também podemos fazê-lo, desde que lembremos que
este estado de existência é provisório, temporário e incompleto. Uma vez que o
homem não é totalmente homem sem o corpo, a esperança escatológica central das
escrituras, em relação ao homem, não é a simples existência continuada da
"alma" (conforme o pensamento grego) mas é a ressurreição do corpo.
Passaremos
agora a investigar o que a Bíblia ensina acerca da condição do homem entre a
morte e a ressurreição. Comecemos pelo Velho Testamento. De acordo com o Velho
Testamento, a existência humana não finda com a morte; após a morte, o homem
continua a existir no reino dos mortos, geralmente denominado Sheol.
George Eldon Ladd sugere que o "Sheol é a maneira vétero-testamentária de
afirmar que a morte não acaba com a existência humana."
Na
versão King James a palavra hebraica Sheol é traduzida diversamente como
sepultura (31 vezes), inferno (31 vezes) ou cova (31 vezes). Porém, tanto na
Versão American Standard como na Versão Revised Standard, Sheol não foi traduzida.
Ao
passo que admite que a palavra nem sempre significa a mesma coisa, Louis
Berkhof sugere um sentido tríplice para Sheol: o estado
de morte, sepultura ou inferno. É bem confirmado que Sheol possa significar tanto o estado de
morte como a sepultura; mas é duvidoso que possa significar inferno.
Geralmente, Sheol significa reino dos mortos que deve
ser entendido figuradamente ou como designando o estado de morte.
Freqüentemente, Sheol é simplesmente usado para indicar o
ato de morrer: "Chorando, descerei a meu filho até à sepultura (Sheol)"
(Gn.37:35).
As
diversas figuras aplicadas ao Sheol podem todas ser entendidas como se
referindo ao reino dos mortos: é dito do Sheol que ele tem portas (Jó 17:16), que é
um lugar escuro e triste (Jó 17:13), e que é um mostro com apetite insaciável
(Pv.27:20 30:15-16 Is.5:14 Hc2:5). Quando considerarmos o Sheol deste modo, temos de lembrar que tanto
o piedoso como o ímpio descem ao Sheol na morte, uma vez que ambos entram no
reino dos mortos.
Às
vezes, Sheol pode ser traduzido como sepulcro.
Exemplo claro está no Salmo 141:7: "ainda que sejam espalhados os meus
ossos à boca do Sheol se lavra e sulca a terra".
Entretanto, este não parece ser um significado comum do termo, e especialmente
não o é porque existe um termo hebraico para sepultura, gebher.
Muitas passagens nas quaisSheol poderia ser traduzido por sepultura,
têm também o sentido claro se traduzirmos Sheol por reino dos mortos.
Tanto
Louis Berkhof como William Shedd sugerem que, às vezes, Sheol pode significar inferno ou lugar de
punição para os ímpios. Mas as passagens citadas para sustentar esta
interpretação não são convincentes. Um dos textos assim citados é o do Salmo
9:15: "Os perversos serão lançados no Sheol , e todas as nações que se esquecem de
Deus". Mas não há indicação no texto de que uma punição está envolvida. Fica
difícil crer que o Salmista esteja predizendo aqui a punição eterna de cada
membro individual destas nações iníquas. A passagem, porém, tem sentido bem
claro se entendermos Sheol no significado comum, referindo-se ao
reino da morte. O salmista estará então dizendo que as nações ímpias, embora
agora se orgulhem de seu poder, serão extirpadas pela morte.
Outra
passagem apresentada por Berkhof é a do Salmo 55:15: "A morte os assalte,
e vivos desçam ao Sheol!" À
luz do princípio do paralelismo que, geralmente, caracteriza a poesia hebraica,
pareceria que a segunda linha está apenas repetindo o pensamento da primeira
linha: a morte (ou desolação, na leitura marginal) virá sobre estes meus
inimigos. Descer vivo ao Sheol, então
significaria morte súbita, mas não implicaria, necessariamente, punição eterna.
Outro
texto ainda citado por Berkhof, relacionado com isto, é o de Provérbios 15:24:
"Para o entendido há o caminho da vida que o leva para cima, a fim de
evitar o Sheol em baixo". Mas aqui novamente se
encontra o contraste óbvio entre vida e morte, a última representada pela
palavra Sheol.
Não
foi definitivamente comprovado, portanto, que Sheol possa designar o lugar de punição
eterna. Mas é verdade que já no Velho Testamento começa a aparecer a convicção
de que o destino do ímpio e o destino do piedoso, após a morte, não são o
mesmo. Esta convicção é expressa primeiramente na crença de que, embora o ímpio
permanecerá sob o poder do Sheol, o
piedoso finalmente será liberto desse poder.
A DOUTRINA DO SONO DA
ALMA
Esta é uma das formas em que
a existência consciente da alma depois da morte é negada. Ela afirma que depois
da morte, a alma continua a existir como um ser espiritual individual, mas num
estado de repouso inconsciente. Eusébio faz menção de uma pequena seita da
Arábia que tinha esse conceito. Durante a idade Média havia bem poucos dos
chamados psicopaniquianos, e na época da Reforma esse erro era defendido por
alguns dos anabatistas. Calvino chegou a escrever um tratado contra eles
intitulado Psychopannychia. No século dezenove esta doutrina era propugnada por
alguns dos irvingitas da Inglaterra, e nos nossos dias é uma das doutrinas
favoritas dos russelitas ou dos sectários da aurora do milênio nos Estados
Unidos. Segundo estes últimos, o corpo e a alma descem à sepultura, a alma num
estado de sono que de fato equivale a um estado de não existência. O que é
chamado ressurreição, na realidade é uma nova criação. Durante o milênio os
ímpio terão uma segunda oportunidade, mas , se eles não mostrarem um assinalado
melhoramento durante os cem primeiros anos, serão aniquilados. Se nesse período
evidenciarem alguma correção de vida, continuarão em prova, mas somente para
acabar na aniquilação se permanecerem impenitentes. Não existe inferno, não
existe nenhum lugar de tormento eterno. A doutrina do sono da alma exerce
peculiar fascínio sobre os que acham difícil acreditar na continuidade da vida
consciente fora do corpo.
ESTADO DOS JUSTOS
ENTRE A MORTE E A RESSURREIÇÃO
A posição das igrejas
reformadas é de que as almas dos crentes, imediatamente após a morte, ingressam
nas glórias dos céus. Este conceito encontra ampla justificação nas escrituras,
e é bom tomar nota disto, visto que durante o último século alguns teólogos
reformados calvinistas assumiram a posição de que os crentes, ao morrerem,
entram num lugar intermediário e ali permanecem até o dia da ressurreição.
Todavia, a Bíblia ensina que a alma do crente, quando separada do corpo, entra
na presença de Cristo. Diz Paulo : "estamos em plena confiança, preferindo
deixar o corpo e habitar com o Senhor", II Cor.5:8.
A CONDIÇÃO DO ÍMPIO
APÓS A MORTE
As passagens que falam da
condição do injusto de pios da morte não são tão numerosas quanto as que
encontramos a respeito da condição do justo. Porém as que temos são
suficientemente claras para que não nos reste dúvida alguma sobre o assunto.
No Evangelho de Lucas lemos:
"E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de
Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, erguendo os
olhos, estando em tormentos, viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio
(Lc.16:22-23)". E no verso 26 desse mesmo capítulo: "E, além disso,
está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem
passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá".
São do apóstolo Pedro as
palavras que seguem: "Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos,
e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados" (II
Pd.2:9).
Além dessas passagens que
acabamos de citar, temos as que já consideramos em relação à condição do justo.
Estas passagens, de uma maneira negativa, apoiam as outras. Destas
considerações tiramos as seguintes conclusões:
Que os ímpios no estado
intermediário estão em pleno exercício de suas faculdades.
Que já estão sofrendo as
dores do inferno, porque o ímpio, quando fecha os olhos neste mundo, os abre no
inferno.
DOUTRINA CATÓLICA
ROMANA
O
PURGATÓRIO
De acordo com a igreja de
Roma, as almas dos que são perfeitamente puros por ocasião da morte são
imediatamente admitidos no céu ou na visão beatífica de Deus; mas os que não se
acham perfeitamente purificados, que ainda levam sobre si a culpa de pecados
veniais e não sofreram o castigo temporal devido aos seus pecados - e esta é a
condição da maioria dos fiéis quando morrem - têm que se submeter a um processo
de purificação, antes de poderem entrar nas supremas alegrias e
bem-aventuranças do céu. Em vez de entrarem imediatamente no céu, entram no
purgatório.
O purgatório não seria um
lugar de prova, mas de purificação e de preparação para as almas dos crentes
que têm a segurança de uma entrada final no céu, mas ainda não estão prontas
para apossar-se da felicidade da visão beatífica. Durante a estada dessas almas
no purgatório, elas sofrem a dor da perda, isto é, a angústia resultante do
fato de que estão excluídas da bendita visão de Deus, e também padecem
"castigo dos sentidos", isto é, sofrem dores que afligem a alma.
O
LIMBRUS PATRUM
A palavra latina limbus
(orla, borda) era empregada na Idade Média para denotar dois lugares na orla ou
na borda do inferno, a saber, o limbus patrum (dos pais) e o limbus infantum
(das crianças). Aquele era o lugar onde, segundo os ensino de Roma, as almas
dos santos do Velho Testamento ficaram detidas, num estado de expectativa, até
à ressurreição do Senhor dentre os mortos. Supõe-se que, após sua morte na
cruz, Cristo desceu ao lugar de habitação dos pais para livrá-los do seu
confinamento temporário e levá-los em triunfo para o céu. Esta é a
interpretação católica romana da descida de Cristo ao Hades. O Hades é
considerado como o lugar de habitação dos espíritos dos mortos, tendo duas
divisões, uma para os justos e a outra para os ímpios.
O
LIMBUS INFANTUM
Este seria o lugar de
habitação das almas de todas as crianças não batizadas, independentemente de
sua descendência de pais pagãos, quer de cristãos. De acordo com a igreja
Católica Romana, as crianças não batizadas não podem ser admitidas no céu, não
podem entrar no Reino de Deus, Jo.3:5. Sempre houve natural repugnância, porém,
pela idéia de que essas crianças devem ser torturadas no inferno, e os teólogos
católicos romanos procuraram um meio de escapar da dificuldade. Alguns achavam
que tais crianças talvez sejam salvas pela fé dos pais, e outros, que Deus pode
comissionar os anjos para batizá-las. Mas a opinião predominante é que, embora
excluídas do céu, é-lhes destinado um lugar situado nas bordas do inferno,
aonde não chegam as chamas terríveis.
CONCLUSÃO
Entendemos pelas escrituras
que a alma permanece viva e consciente após a morte do corpo. Nesse estado, a
alma do justo já se encontra na presença do Senhor, em um lugar que normalmente
denomina-se "paraíso". O ímpio, por sua vez, já se encontra em
tormentos no inferno. Tais lugares são de permanência temporária, até que venha
o Juízo Final.
Após o juízo, os justos
serão introduzidos no céu e os ímpios serão lançados no lago de fogo.
FONTE:
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