VIAGENS
DE SÃO PAULO
A Missão
O termo grego apóstolo significa
enviado, representante. Supõe que o enviado tenha os mesmos pensamentos e
sentimentos daquele que o enviou e comunique fielmente a mensagem. Isso se
aplica bem a Paulo e Barnabé, os primeiros a
recebem o envio da comunidade de
Antioquia da Síria e saem para a missão.
Primeira Viagem
(Anos
46-48; At 13-14)
Caracteristica: Abertura aos Pagãos
Paulo e Barnabé partem de Antioquia da Síria
Ilha de Chipre
Salamina – Anuncia Jesus na sinagoga depois atravessa a ilha a pé,
evangelizando.
Pafos – Adota o nome romano Paulo.
Anuncia o Evangelho ao procônsul romano e causa cegueira ao mago Barjesus.
Segue por mar para a Ásia menor.
Panfília
Perge – Marcos regressa da missão e Paulo fica irritado.
A Ásia Menor é atravessada pela Via Imperial Augusta ou Sebaste, que vai
do porto marítimo de Éfeso até o porto fluvial de Tarso.
Psídia
Antioquia da Psídia – (Após andar 260
km a pé, pela Via Augusta, atravessando os montes Taurus repletos de
salteadores, chegam à cidade.) Evangeliza na sinagoga, é perseguido pelos
Judeus e se volta para os gentios.
Licaônia
Icônio – (Continuam a viagem pela Via Augusta, mais 140km) Evangeliza na
sinagoga e é perseguido pelos judeus.
A população tenta linchá-lo e foge para Listra.
Listra – (outros 40 km da Via Augusta) Cura um paralítico e não entende
o dialeto local. O povo também não entende o grego. É venerado como o deus
Mercúrio. Chegam os de Icônio e convencem a população a apedrejá-lo. É
arrastado para fora da cidade como morto. Volta a entrar na cidade e parte no
dia seguinte.
Derbe – Evangeliza sem perseguição.
Regresso da primeira viagem
Paulo e Barnabé voltam por todas as cidades evangelizadas, “ordenando
seniores” nas comunidades.
Tomam um navio no porto de Atália e regressam a Antioquia da Síria, onde
relatam a missão para a comunidade.
Concílio de Jerusalém (cap 15)
Os Judaizantes de Jerusalém vão a Antioquia da Síria e defendem a
circuncisão dos gentios.
A comunidade envia Paulo e Barnabé a resolverem a questão com os
apóstolos.
Em Jerusalém, narram tudo o que fizeram entre os pagãos.
Os apóstolos concordam que os pagãos não precisam converter-se ao
judaísmo antes de serem cristãos.
Reenviam os dois a Antioquia da Síria, acompanhados por Silas, trazendo
uma carta para a comunidade.
Segunda Viagem
(Anos 49-52; At 15,36-18,23)
Característica:
Entrada do Evangelho na Europa
Paulo decide visitar as comunidades fundadas na primeira viagem, mas
desentende-se com Barnabé e convida Silas (Silvano) a acompanha-lo.
Visitam as regiões da Síria e da Silícia e voltam às comunidades de
Derbe e Listra.
Em Icônio, encontram Timóteo,
Passam por Antioquia da Psídia e por Trôade.
Atravessam o mar Egeu e entram na Europa.
O norte da Macedônia é cortado pela Via Ignátia, que vem de Roma e acaba
no mar Negro, após a cidade de Filipos.
Macedônia (Europa)
Filipos - Fundam a comunidade em casa de Lídia. Paulo exorciza uma
escrava e é açoitado e preso.
Durante a noite a prisão se abre e Paulo e Silas são libertados.
Ao saber que são cidadãos romanos, as autoridades se apavoram e pedem
que deixem a cidade.
Seguem viagem e passam por Anfípoles e Apolônia.
Tessalônica - Paulo evangeliza na sinagoga e muitos crêem. É perseguido
e sai da cidade.
Beréia - Prega e é bem recebido pelos gregos, mas logo chegam os judeus
de Tessalônica e ele parte para Atenas.
Acaia
Atenas - É convidado a falar no Areópago prega o kerigma cristão para os
filósofos e é mal recebido.
Corinto – Chega na cidade, vindo de Atenas. Conhece Priscila e Áquila,
judeus tendeiros. Habita com eles durante um ano. Os judeus o acusam ao
procônsul galeão, mas não são atendidos.
Regresso da segunda viagem
Sai de Corinto e segue pelo mar Egeu até Éfeso.
Prossegue pelo Mediterrâneo para Cesaréia e de lá, para Antioquia da
Síria.
Terceira Viagem
(Anos 49-52; At 15,36-18,23)
Característica: “Os
habitantes da Ásia, judeus e gregos puderam ouvir a Palavra do Senhor.”
(At 19,10b)
Paulo parte mais uma vez de Antioquia da Síria e o retorno é pela
Cesáreia e Jerusalém.
Acompanhado de Silas, começa a viagem por terra, visitando as
comunidades da Galácia e da Frígia.
Jônia
Éfeso - Na comunidade já existente, Paulo encontra Apolo, Judeu
convertido.
Impõe as mãos e invoca o Espírito Santo sobre os irmãos. Permanece por
dois anos evangelizando na escola de Tirano. Manda queimar livros de magia e é
acusado pelos ourives da deusa Artêmis.
Macedônia
Volta a visitar Filipos, Tessalônica e Beréia.
Acaia
Passa três meses, certamente em Corinto.
Macedônia volta e fica um tempo em Filipos, de onde começa o regresso da
terceira viagem.
Regresso da terceira viagem
Parte de Filipos pelo mar Egeu, para a Frígia.
Frígia
Trôade - Preside a fração do pão com a comunidade e faz uma longa
homilia noite a dentro. Reanima o jovem que havia caído da janela.
Panfília
Mileto - Reúne os líderes das comunidades e se despede. Segue pelo
Mediterrâneo para o porto de Tiro.
Síria
Tiro – Permanece por sete dias com a comunidade depois continua viagem
por terra rumo a Jerusalém.
Tolemaida – Passa e descansa por um dia na comunidade.
Palestina
Cesaréia – Visita os irmãos. Todos recomendam que não vá a Jerusalém.
Decide ir porque está pronto a morrer por Jesus Cristo.
Fim da terceira viagem – chegada a Jerusalém
Permanência em Jerusalém e na prisão de Cesaréia (cap.21-26)
Jerusalém – Ao chegar, procura os apóstolos. Entra no templo, é
perseguido e preso. Fala ao povo e conta sua conversão. Os judeus começam a
linchá-lo. É recolhido pelos soldados e levado para a fortaleza.
Os romanos o apresentam ao Sinédrio para ser julgado. Mas nada se
conclui.
É enviado a Cesaréia, com escolta, por ser cidadão romano.
É julgado pelo procurador Félix.
Permanece na fortaleza com permissão para receber os amigos.
É novamente julgado pelo procurador Festo, diante do rei Agripa.
Para livrar-se das acusações dos judeus, apela a César.
Quarta Viagem
(Anos 52-62; At 15-28,23)
Característica: o
testemunho de Paulo chega até os confins do mundo.
É preso sob a guarda do centurião Júlio.
Embarca por mar e o navio costeia a Palestina.
Ao aportar no porto de Sidom, tem permissão de visitar a comunidade.
Volta ao navio e a viagem segue rumo a Chipre.
Lá, embarca no navio alexandrino que vai para a Itália.
Passa pela ilha de Creta.
Segue para a Itália e o navio naufraga na tempestade, perto da ilha de
Malta.
Passa o inverno em Malta.
Na primavera, embarca no navio Dióscoro.
Chega ao porto de Pusuoli, na cidade de Óstia, na Itália.
Vai a pé para Roma.
Aluga uma casa, onde habita e recebe judeus e gentios
até ser
julgado e condenado e receber o martírio entre os anos de 64 e 68.
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