8 Passos para Lidar com Pessoas Difíceis
Ken Swetland 09 de Junho de 2014 - Vida Cristã
"Pastor Ken, eu
estava aqui antes de o senhor chegar, e eu estarei aqui depois que o senhor
tiver ido embora". Um membro antigo da minha primeira igreja disse
isso há mais de 40 anos, quando ela e eu tivemos uma divergência sobre a missão
da igreja. Foi uma discussão amigável, mas os limites foram claramente
desenhados de formas intratáveis. Embora ela não tivesse nenhum cargo, ela era
o "E.F. Hutton" da igreja: quando ela falava, todos escutavam.
Não foi exatamente assim
que pensei que seria o início do meu ministério pastoral, mas isso se tornou
uma oportunidade para a congregação trabalhar através das diferenças
teológicas. A igreja, localizada em uma comunidade costeira singular e
pitoresca, onde muitos turistas passavam o verão, era uma fusão de várias
igrejas ao longo do ano. Como resultado, ela representava tanto perspectivas
evangélicas conservadoras quanto teologicamente liberais sobre a fé e o ministério.
No nosso desacordo sobre
a missão da igreja, minha preocupação era de que a igreja mantivesse um
testemunho gracioso e bíblico na comunidade, bem como adorasse o único Deus
verdadeiro de uma maneira que apoiasse a verdade bíblica. A mulher queria que a
igreja não fosse nada mais do que um clube social formal. Ela também queria que
a igreja protegesse um grupo feminino associado à igreja que era composto, em
sua maioria, por pessoas da comunidade que não eram cristãs ou membros da
igreja. Esse grupo era conhecido por hospedar as melhores feiras de Natal e
verão na região, mas não tinha nada a ver com Deus. A questão se complicava com
o fato de que esse grupo havia levantado o dinheiro para redecorar a casa
pastoral de 150 anos logo antes da minha família mudar-se para lá.
Embora os evangélicos na
igreja fossem uma forte maioria, nós éramos sensíveis à história da igreja com
as suas diversas perspectivas teológicas. Além disso, nós éramos a única igreja
em um distinto bairro da cidade. Por isso, nos movíamos lenta e
deliberadamente. Foram necessários quase quatro anos para a igreja trabalhar
essas tensões. No fim das contas, a congregação votou a favor de se alinhar
exclusivamente a convicções evangélicas de verdade bíblica, e o grupo
comunitário foi convidado a se desassociar da igreja, o que eles fizeram, mas
não sem lágrimas e tristeza.
Tem sido um prazer servir outras igrejas como pastor e pastor interino ao longo dos anos, e tiveram líderes capazes e eficazes que amavam o Senhor e estavam dispostos a seguir o ensinamento bíblico. Na minha primeira igreja e nas subsequentes, aprendi alguns princípios sobre como lidar com pessoas difíceis. Aqui estão oito:
Tem sido um prazer servir outras igrejas como pastor e pastor interino ao longo dos anos, e tiveram líderes capazes e eficazes que amavam o Senhor e estavam dispostos a seguir o ensinamento bíblico. Na minha primeira igreja e nas subsequentes, aprendi alguns princípios sobre como lidar com pessoas difíceis. Aqui estão oito:
1.
Ore. É necessário que isso seja dito, pois na
oração nós entregamos a questão a Deus e à obra do Espírito Santo de fazer a
vontade de Deus. Orar não é pedir que seja feito do meu jeito, mas do jeito de
Deus. É pedir por sabedoria, discernimento, coragem, graça e paciência,
qualidades que precisamos especialmente no trabalho com líderes difíceis.
2.
Trabalhe
com aqueles que você consegue. Busque aqueles que amam o Senhor e a sua verdade e estão
comprometidos com o bem-estar da igreja. Discipule-os e encoraje o envolvimento
deles na liderança.
3.
Pregue
a Bíblia graciosa e redentivamente. Pregação cuidadosa, atenciosa e criteriosa tem um grande
potencial de ajudar pessoas difíceis a amadurecerem na fé e a crescerem em
piedade. Também edifica aqueles que têm um profundo comprometimento com a
verdade de Deus, para que acompanhem você e trabalhem com pessoas difíceis na
igreja.
4.
Seja
honesto, mas discreto. Não faça fofocas sobre pessoas difíceis, mas esteja disposto a
humildemente, mas diretamente, confrontá-las — ou "amor-frontar" como
David Augsberger gosta de dizer — na esperança de que elas mudem ou vão embora.
Às vezes é melhor fazer isso com um líder de confiança ao seu lado. Isso evita
que conversas sobre o evento se tornem a sua palavra contra a da outra pessoa,
sempre que a questão for além da conversa privada.
5.
Tenha
uma visão de longo prazo. Deus é paciente, e a forma como ele tece as coisas é
frequentemente diferente da nossa. Perceba que somos apenas parte do seu plano
para a igreja. Uma pessoa planta, outra rega, mas é Deus quem dá o crescimento.
6.
Lembre-se
que os membros pertencem a Deus. Nós nos referimos aos membros como "minha igreja", mas
sabemos que eles pertencem a Deus, não a nós. Assim, podemos entregá-los a Deus
— às vezes com lágrimas e frustração — sabendo que Deus opera todas as coisas
de acordo com o seu bom propósito.
7.
Confie
em Deus. Alguém disse certa vez:
"Deus é quem dá a cura; eu sou apenas o cuidador". Essa
perspectiva nos capacita a confiar que Deus agirá conforme ele desejar para o
bem dos membros e para o bem maior da igreja.
8.
Aprenda
com a experiência. Um
sábio líder cristão disse certa vez para um grupo do qual eu fazia parte:
"Experiência pessoal é o único tipo de experiência que eu já
tive". Então, não se desculpe pela experiência, incluindo os erros,
mas aprenda a partir deles, sabendo que Deus usa a nossa experiência pessoal
como campo de treinamento para futuros conflitos. Assim como a maioria dos
pastores, eu prefiro ser um guardião da paz do que um pacificador, mas também
aprendi que dolorosas experiências passadas, como na minha primeira igreja, me
ajudam a lidar com dificuldades futuras com confiança e humildade (e essas duas
qualidades podem conviver juntas).
Todo ministério,
incluindo trabalhar com pessoas difíceis, é obra de Deus. Por isso podemos ser
profundamente gratos, mesmo que seja doloroso e nós nem sempre entendamos o que
está acontecendo. Afinal, não se trata de nós, mas de Deus.
Tradução: Alan Cristie
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