O QUE É UMA DISSERTAÇÃO
• 1
Considerações Gerais
• 2
Exemplos de dissertação
• 3 Partes
que compõem a dissertação
• 4 Dicas
para escrever uma boa dissertação
• 5 Ver
também
• 6
Ligações externas
Dissertação é um trabalho baseado em estudo teórico de
natureza reflexiva, que consiste na ordenação de ideias sobre um determinado
tema. A característica básica da dissertação é o cunho reflexivo-teórico.
Dissertar é debater, discutir, questionar, expressar ponto de vista, qualquer
que seja. É desenvolver um raciocínio, desenvolver argumentos que fundamentem
posições. Épolemizar, inclusive, com opiniões e com argumentos contrários aos
nossos. É estabelecer relações de causa e consequência, é dar exemplos, é tirar
conclusões, é apresentar um texto com organização lógica das idéias.
Basicamente um texto em que o autor mostra as suas ideias.
Considerações Gerais
A dissertação pode ou não ser feita em final de curso de
[pós-graduação], stricto sensu (mestrado), com a finalidade de treinar os
estudantes no domínio da temática abordada e como forma de iniciação a pesquisa
mais ampla. Nesse caso, é produção de aproximadamente 100 páginas (conforme as
regras de cada Universidade). É o trabalho final dos cursos de mestrado,
elaborado depois de cursados os respectivos créditos e feita a pesquisa
correspondente; é desenvolvida sob assistência de um orientador académico. É
defendida publicamente perante um júri composto por três ou mais doutores (ou
por especialistas no tema em causa).
Na monografia (dissertação) para a obtenção do grau de
mestre, além da revisão da literatura, é preciso dominar o conhecimento do
método de pesquisa e informar a metodologia utilizada na pesquisa.
Dissertação científica, ou simplesmente exercitação, é o
trabalho feito nos moldes da tese, com a peculiaridade de ser ainda uma tese
inicial ou em miniatura.
A dissertação tem ainda finalidade didáctica, uma vez que
constitui o grande treino para a tese de doutoramento propriamente dita.
Chama-se Memória a dissertação sobre assunto
[Ciência|científico], [Literatura|literário] ou [Arte /artístico], destinada a
ser apresentada ao [governo], a uma [corporação] ou [academia].
Numa dissertação o autor não é suposto colocar a sua
opinião.
Na dissertação expositiva, o autor apresenta uma ideia, uma
doutrina e expõe o que ele ou outros pensam sobre o tema ou assunto. Geralmente
faz a amplificação da ideia central, demonstrando sua natureza, antecedentes,
causas próximas ou remotas, consequências ou exemplos.
Na dissertação argumentativa, o autor quer provar a
[Verdade|veracidade] ou [Mentira|falsidade] de ideias; pretende convencer o
leitor ou ouvinte, dirige-se à sua [inteligência] através de argumentos, de
provas evidentes, de testemunhas.
Se a dissertação é objectiva, o tratamento dado ao texto é
impessoal, com argumentação lógica partindo de elementos gerais e indo para os
particulares. Na dissertação subjectiva, o autor dirige-se não só à
[inteligência], mas também, de modo pessoal, ao(s) [sentimento(s)] de quem ele
pretende convencer. Além da [emoção], às vezes há [ironia], [sarcasmo],
ridículo.
São partes importantes da dissertação a introdução, o
[desenvolvimento] e a [conclusão].
Exemplos de dissertação
Através de dois textos distintos, a dissertação pode ser
exemplificada:
"A
fim de aprender a finalidade e o sentido da vida, é preciso amar a vida por ela
mesma, inteiramente; mergulhar, por assim dizer, no redemoinho da vida. Somente
então apreender-se-á o sentido da vida, compreender-se-á para que se vive. A
vida é algo que, ao contrário de tudo criado pelo homem, não necessita
de teoria, quem aprende a prática da vida também assimila sua teoria".
Wilhelm Reich. A Revolução Sexual. Rio de Janeiro, Zahar,
1974.
O texto expõe um ponto-de-vista (finalidade da vida é viver)
sobre um assunto-tema (no caso, o sentido e a finalidade da vida). Além de
apresentar um ponto-de-vista do autor, o texto faz também a defesa deste
ponto-de-vista: onde ele defende os motivos que fundamentam a opinião de que a
prática intensa de viver é que revela o sentido da vida.
"Eu
disse uma vez que escrever é uma maldição. (...) Hoje repito: é uma maldição,
mas uma maldição que salva. Não estou me referindo a escrever para jornal. Mas
escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num
romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é
quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação. Salva a
alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que
nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é
procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento
que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida
que não foi abençoada... Lembrando-me agora com saudade da dor de escrever
livros."
Clarice Lispector. A Descoberta do Mundo.
Partes que compõem a dissertação
Introdução
- deve ser breve e anunciar ao leitor o que será desenvolvido no texto,
acompanhado da opinião.
Desenvolvimento
- é o corpo do texto; aqui serão utilizadas as ideias propostas na
introdução, defendendo o ponto-de-vista através de argumentos.
Conclusão
- serve para finalizar o que foi exposto; deve ser breve e não pode conter
nenhuma idéia nova e nenhum exemplo; trata-se de um resumo da
dissertação como um todo. Ela pode ser feita de duas maneiras:
Síntese
- resumo do que foi dito durante o texto.
Sugestão
- proposta para que o problema discutido seja solucionado.
[editar]Dicas para escrever uma boa dissertação
1. Só abordar
na introdução e na conclusão o que realmente estiver no desenvolvimento;
2. Evitar
períodos muito longos ou sequências de frases muito curtas;
3. Evitar,
nas dissertações tradicionais, dirigir-se ao leitor;
4. Evitar as
repetições exageradas e umas próximas das outras, tanto de palavras, quanto de
informações;
5. Manter-se
rigorosamente dentro do tema;
6. Evitar
expressões desgastadas, "batidas";
7. Utilizar
exemplos e citações relevantes;
8. Não usar
religião como argumento;
9. Fugir das
palavras muito "fortes";
10. Evitar
gírias e termos coloquiais;
11. Evitar
linguagem rebuscada;
12. Evitar a
argumentação generalizadora e baseada no senso comum;
13. Não ser
radical;
14. Ter
cuidado com palavras duvidosas como coisa e algo, por terem sentido vago; preferir
elemento, fator, tópico, índice, item, etc.
15. Usa-se
ponto final ao final do título, caso nele contenha verbo;
16. Não usar
chavões, provérbios, ditos populares ou frases feitas;
17. Não usar
questionamentos no texto, sobretudo na conclusão;
18. Jamais
usar a primeira pessoa do singular, a menos que haja uma solicitação do tema;
19. Repetir
muitas vezes as mesmas palavras empobrece o texto; lançar mão de sinônimos e
expressões que representem a ideia em questão;
20. Somente
citar exemplos de domínio público, sem narrar seu desenrolar, fazendo somente
breves menções;
21. Ser direto
e objetivo;
22. Nunca usar
palavras de baixo calão;
23. Não usar
itens pessoais na dissertação.
24. No título
todas as palavras devem começar com letras maiúsculas, com exceção de
advérbios, preposições, conjunções e artigos definidos caso não situam-se no
início.
FONTE
http://pt.wikipedia.org/wiki/Disserta%C3%A7%C3%A3o
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