ECUMENISMO E A VONTADE DE DEUS
"Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade
à besta." Apocalipse 17:13
Parece uma coisa tão bonita. Pessoas de religiões diferentes convivendo em paz,
fazendo encontros especiais, falando bem dos outros e das religiões diferentes.
Temas de paz, compreensão e amor ao próximo são bons e importantes. O discípulo
de Cristo deve abraçar os movimentos ecumênicos? Esta tendência representa o
caminho certo para servir a Deus no século XXI?
Neste artigo, vamos abordar as seguintes questões:
O que é o ecumenismo? O que é o pluralismo? O que Deus diz sobre
estas idéias? Como devemos agir diante destas tendências?
O que é o ecumenismo?
A mesma palavra pode ter sentidos diferentes. O termo "ecumenismo" é
usado de maneiras diferentes em diversos contextos. Pode se referir aos
movimentos que promovem "ecumenismo cristão", fraternidade entre as
religiões chamadas cristãs. Algumas organizações procuram relações entre
protestantes, outras entre católicos e protestantes, etc. Um sentido mais
abrangente, chamado, às vezes, de macro-ecumenismo, representa movimentos para
paz, tolerância e união entre as diversas religiões – católicos, protestantes,
budistas, hinduístas, judeus, muçulmanos, etc.
Estes movimentos envolvem vários níveis ou aspectos. Manchetes falam de
reuniões entre líderes religiosos para promover a tolerância e a compreensão.
Várias organizações religiosas, às vezes, juntam forças para realizar obras sociais
e culturais. Outras iniciativas buscam minimizar diferenças teológicas e
doutrinárias, dizendo que as diversas religiões são boas e igualmente válidas e
que todas buscam os mesmos benefícios para os homens.
Podemos ver um exemplo que ilustra o objetivo de tais iniciativas no trabalho
do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEP).
Conforme o site dela na Internet, esta organização oferece um curso que inclui
"Panorama histórico de espiritualidade nas tradições religiosas: cristã,
islâmica, budista, africana, indígena e wiccana com participação em celebrações
religiosas....e participações em celebrações religiosas nas tradições:
hinduísta e judaica". Um participante do curso recentemente escreveu:
"E como é parte do diálogo, no qual eu acredito, podemos durante o curso
participar de momentos celebrativos das diversas religiões, entre elas:
Umbanda, Candomblé, Judaísmo, Islamismo, Budismo e Hinduísmo." Ele cita as
regras do ecumenismo apresentadas no curso, uma delas dizendo: "Eventualmente,
cada participante do diálogo deveria ter uma experiência da religião do outro –
por dentro" (Antônio Ryscak, da Igreja Anglicana).
O que é o pluralismo?
O pluralismo é integralmente interligado ao ecumenismo. É a idéia de não
existir verdade absoluta, assim aceitando "verdades" divergentes como
igualmente válidas. Se aplicasse a mesma noção na sala de aula, uma professora
elogiaria um aluno que respondesse que 2 + 2 = 4, e daria a mesma aprovação
para outro que dissesse que 2 + 2 = 8. Cada um tem a sua própria verdade.
No "ecumenismo cristão", pessoas de igrejas diferentes aplicam o
pluralismo para decidir que algumas doutrinas são essenciais, enquanto outras
são sujeitas à interpretação, tradição e opiniões próprias. Desta maneira, podem
achar essencial acreditar na morte e ressurreição de Jesus, mas não importante
aceitar o que ele diz sobre o batismo. Podem dizer que é importante acreditar
em Jesus, mas não precisa, necessariamente, acreditar nos milagres ou nos
ensinamentos dele.
No "macro-ecumenismo", o pluralismo iguala tantas doutrinas
diferentes que as únicas verdades universais são algumas noções muito
generalizadas. Por exemplo, é importante promover a paz, o amor e a felicidade
dos seres humanos. Passando destas idéias básicas, já entrariam em conflito.
Em geral, quanto mais abrangente o ecumenismo, menor a "verdade".
O que Deus diz?
Quando ecumênicos procuram aprovação de Deus, sempre destacam o amor dele, que
é uma característica importantíssima da natureza divina (1 João 4:8). Mas, para
tentar justificar a união do sagrado com o profano, esquecem da santidade dele,
um outro aspecto fundamental de seu caráter (Apocalipse 4:8). O ecumenismo
depende de uma teologia desequilibrada.
No Velho Testamento, Deus sempre exigia pureza, santificação e separação das
outras religiões. Antes de subir a Betel (casa de Deus), a família de Jacó teve
que lançar fora seus "outros deuses" (Gênesis 35:2). Deus falou para
Israel não ter nenhum outro Deus (Êxodo 20:1-3), e exigia uma intolerância
absoluta em relação aos outros (falsos) deuses (Êxodo 22:20; 23:24). Adoração
de qualquer outro deus é vista como desvio do Senhor (Êxodo 32:8; Juízes 2:12;
10:6). Josué insistiu na importância de servir somente o Deus verdadeiro,
rejeitando os falsos deuses dos outros povos (Josué 24:14-15). Homens fiéis
recusavam servir outros deuses, mesmo quando foram ameaçados de morte (Daniel
3:18).
No Novo Testamento, Deus exige a mesma pureza e santificação. Servir falsos
deuses é voltar á escravidão (Gálatas 4:8-9). Por isso, devemos nos guardar dos
ídolos (1 João 5:21; 1 Coríntios 10:14), pois a idolatria é um pecado que
impede acesso ao reino de Deus e leva à condenação eterna (1 Coríntios 6:9-11;
Apocalipse 21:7-8). Os ensinamentos da Nova Aliança não somente condenam a
idolatria, mas toda e qualquer forma da impureza (2 Coríntios 6:14 - 7:1).
Qualquer um que nos incentiva a aceitar doutrinas que não vêm de Jesus Cristo
deve ser rejeitado (Gálatas 1:6-11; 2 João 9).
Como devemos agir?
Podemos ser pessoas santas num mundo influenciado pelo pluralismo e o espírito
ecumênico? Como viver para agradar a Deus neste ambiente de compromisso e
desrespeito pela verdade única que ele revelou? Consideremos alguns princípios
bíblicos que mostram o que devemos fazer: Procurar viver em paz com todas as
pessoas, amando como Jesus amou (Romanos 12:18); Seguir a doutrina
revelada por Jesus e seus apóstolos, como o fizeram os primeiros discípulos
(Atos 2:42; Efésios 4:14-15); Pregar a mensagem da salvação oferecida exclusivamente
por meio de Jesus (Atos 4:12); Conhecer e pregar o único caminho à
salvação por meio de Jesus Cristo crucificado (1 Coríntios 2:1-5; 2 Timóteo
4:1-4); Rejeitar aqueles que ensinam outras doutrinas (Romanos 16:17-18);
' Manter a nossa separação e santidade (1 Pedro 1:16; Hebreus 12:14).
A importância da escolha certa
A pesar das palavras suaves de líderes de diversas igrejas e religiões, o servo
de Deus precisa escolher entre o certo e o errado. Os verdadeiros líderes
espirituais – as pessoas escolhidas por Deus para guiar o seu povo – não apóiam
o pluralismo e o ecumenismo.
● Moisés, o libertador dos israelitas, não foi ecumênico (Deuteronômio
30:15-20).
● Josué, o homem que guiou o povo na conquista da terra prometida, não foi
ecumênico (Josué 24:14-15).
● O apóstolo Pedro não foi ecumênico (Atos 2:36; 4:12).
● O apóstolo Paulo não foi ecumênico (Colossenses 2:20 - 3:4).
● Jesus Cristo, o Filho de Deus, não é ecumênico (Mateus 7:13-14).
Amor ao próximo
Rejeitar o pluralismo e o ecumenismo não reflete falta de amor. O verdadeiro
amor busca a verdade (1 Coríntios 13:6), e sabe que a verdade nos liberta (João
8:32). Não salvaremos ninguém se tornarmos "cúmplices nas obras
infrutíferas das trevas" (Efésios 5:11). Se tivermos amor, falaremos e
seguiremos a verdade, pois assim alcançaremos a salvação e conduziremos outros
à mesma bênção da comunhão eterna com o único e verdadeiro Deus (Efésios 4:15;
1 Timóteo 4:16). Se você ama a Deus e ama ao próximo, não seja enganado pelas
falsas e perigosas noções do pluralismo!
por Dennis Allan
LEIA TAMBÉM ESSE ARTIGO ESCLARECEDOR:
http://www.chamada.com.br/mensagens/ecumenismo.html
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