Os Cristãos devem celebrar o Halloween (Dia das Bruxas)?
A prática do Halloween vem do povo celta, o qual acreditava
que, no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saíam dos cemitérios
para tomar posse dos corpos dos vivos, visitar as famílias e levar as pessoas
ao mundo dos mortos. Sacerdotes druístas (religião celta) atuavam como médiuns
evocando os mortos. Parece que, para espantar esses fantasmas, os celtas tinham
o costume de colocar objetos assustadores nas casas, como caveiras, ossos
decorados, abóboras enfeitadas entre outros. O termo “Halloween” surge mais
tarde, no contato da cultura celta com o Cristianismo. Da contração do termo
escocês “Allhallow-eve” (véspera do Dia de Todos os Santos), que era a noite
das bruxas, surge o “Halloween”.
Quer os Cristãos devam ou não celebrar o Dia das Bruxas pode
ser um tema muito controverso. Alguns Cristãos celebram esse dia simplesmente
ao vestir-se com uma fantasia por divertimento, enxergando isso como algo
inocente e inofensivo. Outros Cristãos estão igualmente convencidos de que o
Dia das Bruxas seja uma festa satânica criada para adorar os espíritos do mal e
promover a escuridão e maldade. Então, quem está certo? É possível que os
Cristãos comemorem o Dia das Bruxas sem comprometer a sua fé?
O Dia das Bruxas, independente do quão comercializado, tem
uma origem quase que totalmente pagã. Por mais inocente que pareça a alguns, é
algo a ser levado muito a sério. Os Cristãos geralmente têm várias formas de
celebrar ou não celebrar o Dia das Bruxas. Para alguns, essa comemoração significa
ter uma "alternativa" Festa da Colheita . Para outros, é ficar longe
dos fantasmas, bruxas, duendes, etc, e vestir trajes inócuos como, por exemplo,
de princesinhas, palhaços, cowboys, super-heróis, etc. Alguns escolhem não
fazer nada, preferindo trancar-se em a casa com as luzes apagadas. Com a nossa
liberdade como Cristãos, temos a liberdade para decidir como agir.
A Escritura não menciona o Halloween de forma direta, mas
dá-nos alguns princípios para que possamos tomar uma decisão. No Israel do Antigo
Testamento, a feitiçaria era um crime punível com a morte (Êxodo 22:18,
Levítico 19:31, 20:6, 27). O ensinamento do Novo Testamento sobre o ocultismo é
bem claro. Atos 8:9-24, a história de Simão, mostra que o ocultismo e
Cristianismo não se misturam. A narrativa de Elimas, o feiticeiro, em Atos
13:6-11, revela que a bruxaria é completamente oposta ao Cristianismo. Paulo
chamou Elimas de um filho do diabo, um inimigo da justiça e um corruptor dos
caminhos de Deus. Em Atos 16, em Filipos, uma menina possessa de espírito
adivinhador perdeu seus poderes demoníacos quando o espírito maligno foi
expulso por Paulo. A questão interessante aqui é que Paulo se recusou a
permitir que até declarações boas fossem feitas por uma pessoa sob influência
demoníaca. Atos 19 mostra os novos convertidos bruscamente quebrando os laços
com suas prévias práticas do ocultismo ao confessar, mostrar suas más ações e
ao trazer seus apetrechos de magia para queimá-los na frente de todos (Atos
19:19).
Assim, deve um Cristão comemorar o Halloween? Existe algo de
mau em um Cristão se vestir como uma princesa ou cowboy e andar pela vizinhança
pedindo por doces? Não, não existe. Existem coisas sobre o Halloween que são
anti-Cristãs e que devem ser evitadas? Claro que sim! Se os pais vão dar aos
seus filhos permissão de participar no Halloween, então eles devem
certificar-se de que seus filhos não vão se envolver nos aspectos mais escuros
do dia. Se os Cristãos vão participar no Halloween, então sua atitude, roupa e,
mais importante, seu comportamento, ainda devem refletir uma vida redimida
(Filipenses 1:27). Há muitas igrejas que possuem "festivais da
colheita" e incorporam fantasias, mas em um ambiente devoto. Há muitos
Cristãos que distribuem, juntamente com os doces de Halloween, folhetos que
compartilham o Evangelho. A decisão final é nossa. Entretanto, assim como com
todas as outras coisas, devemos seguir os princípios de Romanos 14. Não podemos
permitir que nossas próprias convicções sobre um feriado causem divisão no
corpo de Cristo, nem podemos usar nossa liberdade para levar os outros a
tropeçar em sua fé. Devemos fazer todas as coisas como ao Senhor.
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