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Sodoma e Gomorra (do
hebraico סְדוֹם Sodom e עֲמוֹרָה Amorah ) são, de acordo com a Bíblia judaica,
duas cidades que teriam sido destruídas por Deus com fogo e enxofre descido do
céu. Segundo o relato bíblico, as cidades e os seus habitantes foram destruídos
por Deus devido a prática de actos imorais. Entretanto, arquelogistas nunca
encontraram nenhuma evidência significativa da existência de Sodoma e Gomorra.
A expressão
"Sodoma e Gomorra" se aplica, por extensão, às cinco cidades-estado
do Vale de Sidim, no Mar Salgado ou Mar Morto. Eram elas: Sodoma, Gomorra,
Admá, Zebolim e Bela (também é chamada de Zoar ).
O Vale de Sidim
("Vale dos Campos") era descrito como um lugar paradisíaco. Ocupava
uma área aproximadamente circular no vale inferior do Mar Salgado, atualmente
submerso pelas suas águas salgadas. A região é chamada em hebraico de Kikkár
que significa "bacia". A pequena península na margem oriental do Mar
Salgado, é chamada em árabe de El-Lisan que significa "a língua".
Desde a península de El-Lisan ao extremo sul, se estenderia o Vale de Sidim. O
seu fundo registra uma profundidade de 15 a 20 metros, enquanto para norte da
península, o fundo desce rapidamente para uma profundidade de 400 metros.
Vale
de Sidim, a Sul de "El-Lisan", Mar Morto
Após o retorno de
Abraão do Egipto, o relato bíblico menciona que os habitantes de Sodoma eram
grandes pecadores contra Deus. Porém, isso não impediu uma coexistência
pacífica entre os habitantes de Sodoma com o patriarca Abraão, e com o seu
sobrinho, Ló.
Alguns escritos
judaicos clássicos enfatizam os aspectos de crueldade e falta de hospitalidade
com forasteiros. Uma tradição rabínica, exposta na Mishnah, afirma que os
pecados de Sodoma estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo à
propriedade, e que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns
textos rabínicos acusam os sodomitas de serem blasfemos e sanguinários.
Outra tradição rabínica
indica que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de forma sádica. Um dos
crimes cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao de Procusto, na
mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma" (midat sodom),
na qual todos visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossem mais altos,
eram amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento
da cama.
A
Destruição das Cidades[editar | editar código-fonte]
Segundo o livro de
Gênesis, dois anjos de Deus dizem a Abraão que "o clamor de Sodoma e
Gomorra se têm multiplicado, e porquanto o seu pecado se têm agravado
muito". Abraão então intercede consecutivas vezes pelo povo sodomita, e
Deus ao final lhe responde que, se houvesse em Sodoma dez justos na cidade, ela
não seria destruída.
Nesse mesmo dia, os
dois anjos que visitaram Abraão descem à cidade e são hospedados na casa de Ló.
Antes de se deitarem, os homens da cidade cercaram a casa de Ló para terem
relações sexuais com seus dois hóspedes. Ló então sai na defesa dos anjos, oferecendo
suas filhas virgens para saciar o desejo da multidão.
Ferindo com cegueira os
homens que estavam junto á porta da casa de Ló, os anjos retiram o patriarca e
sua família da cidade e lhes dá a ordem de seguirem sempre em direção das
montanhas sem olharem para trás. A mulher de ló desobedeceu a ordem dada pelos
anjos e olhou para trás e foi transformada em estatua de sal. Então, de acordo
com Gênesis, inicia-se a destruição de Sodoma e de toda a planície daquela
região.
Em 2008 o
"Planisfério" descoberto por Henry Layard em meados do século XIX,
foi analisado pelos pesquisadores Alan Bond, da empresa Reaction Engines e Mark
Hempsell, da Universidade de Bristol, e eles descobriram que a placa foi
escrita por um astrônomo sumério onde os relatos datavam da noite do dia 29 de
junho de 3123 a.C. no calendário Juliano.
Os pesquisadores
afirmam que metade da placa contém informações sobre posições planetárias e de
nuvens e a outra metade é uma observação de um asteroide com dimensões maiores
de 1 quilômetro.
Segundo Mark Hempsell,
de acordo com o tamanho e rota descritos, há a possibilidade deste asteroide
ter se chocado contra os Alpes austríacos, região de Köfels. Não houve cratera
que pudesse evidenciar explosão, pelo fato deste ter voado próximo ao chão,
deixando um rastro de destruição causados pela onda supersônica. Seu rastro
teria gerado uma bola de fogo com temperaturas próximas a 400°C, e devastado
aproximadamente uma área de 1 milhão de quilômetros quadrados.
Hempsell sugere que a
nuvem de fumaça consequente da explosão do asteroide atingiu o monte Sinai,
algumas regiões do oriente médio e o norte do Egito, vitimando diversas
pessoas. A escala de devastação se assemelha com o relatado no antigo
testamento na destruição das cidades de Sodoma e Gomorra.
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