Irã afirma que Jesus não foi crucificado, e que o
evangelho vai causar colapso religioso mundial
Uma agência de notícias do Irã
declarou recentemente que um texto religioso descoberto a cerca de 13 anos tem
em seu conteúdo informações que vão desencadear a queda do cristianismo ao
provar que o Islã é a verdadeira religião. O texto em questão é um livro,
escrito sobre pele curtida, que aparentemente afirma que Jesus nunca foi
crucificado e que Cristo previu a vinda do profeta Maomé. De acordo com a
agência iraniana, o texto, datado do século 5, vai causar o colapso do
cristianismo no mundo inteiro.
De acordo com informações da
agência Basij Press, divulgadas pelo site conservador americano WorldNetDaily
(WND), o suposto evangelho escrito em siríaco (um dialeto do aramaico)
vaticinaria inclusive a chegada do último messias islâmico. Autoridades turcas
acreditam que essa possa ser uma versão autêntica do evangelho escrito pelo
discípulo Barnabé. A imprensa iraniana diz ainda que o texto previu o
surgimento de Maomé e da religião islâmica, e que o mundo cristão nega a
existência de tal evangelho.
- Deus se escondeu enquanto o
Arcanjo Miguel os levou (Adão e Eva) para fora do céu, (e) quando Adão se
virou, ele notou que sobre a porta de entrada para o céu estava escrito La elah
ela Allah, Mohamad rasool Allah (Alá é o único Deus e Maomé é seu profeta) –
estaria escrito capítulo 41 do Evangelho de Barnabé.
- A descoberta da Bíblia
original de Barnabé vai agora comprometer a Igreja e sua autoridade e
revolucionar a religião no mundo. O fato mais significativo, porém, é que essa
Bíblia previu a vinda do profeta Maomé e comprovou a religião do Islã –
escreveu a Basij Press em seu site, declarando ainda que a descoberta é tão
importante que vai abalar a política mundial.
As origens do suposto evangelho
são desconhecidas, mas o site National Turk afirmou naquele mês que o livro foi
mantido no palácio da Justiça da capital turca, Ancara, e seria transferido sob
escolta policial armada para o Museu Etnográfico da cidade. Apesar de ter sido
descoberto no ano 200, o artefato só atraiu a atenção do mundo em fevereiro
deste ano, quando foi informado que o Vaticano fez uma requisição oficial para
ver o livro. Ainda não se sabe se o pedido foi atendido.
Mesmo com autoridades turcas
declarando a autenticidade do texto, muitos outros questionaram sua autenticidade,
como Erick Stakelbeck, um analista de terrorismo e observador próximo dos
assuntos iranianos.
- O regime iraniano está
empenhado em erradicar o cristianismo por qualquer meio necessário, ainda que
isso signifique executar cristãos convertidos, queimar Bíblias ou invadir
igrejas – declarou Stakelbeck à WND.
O jornalista católico Phil
Lawler também comentou sobre a suposta descoberta. No site Catholic Culture ele
descreve o conjunto de alegações sobre o texto como “um risível desafio
iraniano ao cristianismo”.
- Se o documento foi escrito no
século 5 ou 6, não pode muito bem ter sido escrito por alguém que estava
viajando com São Paulo cerca de 400 anos antes. Deve ter sido escrito por
alguém reivindicando representar São Barnabé. Devemos aceitar essa alegação? –
questiona Lawler.